domingo, 28 de abril de 2013

Quando tudo está perdido...

...Legião Urbana, em "A Via Láctea":


"Hoje a tristezaNão é passageiraHoje fiquei com febreA tarde inteiraCada estrelaParecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem..."
Não acredito mais que a montanha que você diz que é uma montanha, exista mais. Hoje ela se parece um pequeno monte, perdido no horizonte do que já foi, enquanto minha cordilheira continua uma cordilheira. Não tente me convencer da imensidão, não minta mais para mim, dizendo que o infinito existe quando na verdade o limite está ali bem próximo e sinto isso.
Sairei da lama, pois mesmo na lama as plantas crescem e logo essas gotas de lagrimas que caem na poeira da calçada, vindas dessa mentira de sentimento, servirão como adubo que me fortalecem e me colocam a andar e seguir adiante. 
Um dia, não sei quando, tudo serão lembranças, algumas boas outras péssimas, porém lembranças. Pois "quando tudo está perdido, sempre existe uma luz, sempre existe um caminho". E quando olhar para trás, verá a imensidão do que ficou e o quanto poderia ser. 
O fogo queima, mas fortalece e embora hoje possa doer (e dói) é no fogo que o aço é forjado e se torna inquebrável e essas mesmas lágrimas que se juntam à poeira e se transformam em lama, lavarão essa rua feita de pedras e meus pés pisarão firmes novamente ao nascer de um novo dia, onde um sol ainda brilha, embora hoje, esteja um dia nublado, sombrio, frio e tenebroso em meu coração.

Lelo.

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