sábado, 27 de abril de 2013

E assim...


...é como o verbo... ser!
Somos ou já fomos, como o rio que corre e passa ou já passou.
As águas que banharam e lamberam as margens já não o fazem mais,
nem tampouco molham as raízes que sedentas, estendem as mãos e imploram
ao mouco rio um pouco de sua atenção.
São as lembranças, que douro com o olhar, perdido na imensidão do ontem e submerso no hoje onde recordamos os portos seguros aos quais refutamos e nos faltou sabedoria para aportá-los.
Não percam as oportunidades... de ser, atender, querer, cuidar, dar atenção, acompanhar, caminhar, sorrir, chorar, recomeçar, valorizar, ser melhor.

Hoje eu me sento à janela,
meus olhos já quase vazios,
sem aquela aquarela,
lacrimejam tardios.

Meu peito reage num aperto,
que sufoca minha respiração
e lamenta o desacerto,
ao qual condenei meu coração.

Doravante sigo meus passos, cautelosos e solitários. A desesperança me acompanha,
faz par ao meu caminhar e estende sombra ao meu horizonte.

Hoje sou areia, um amontoado de grãos, aos quais nenhum par de mãos sustentam,
sem que por entre seus dedos se esvaiam.

Lelo.

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