domingo, 9 de junho de 2013

Após a praia...


...a noite os alcançou ali na areia, estendendo seu tapete de estrelas a iluminar-lhes as silhuetas que se assemelhavam a uma só. Ele levantou-se, estendeu-lhe a mão para ajudá-la a levantar-se, estreitando-a em seus braços, num abraço apertado, ao qual ela curvou-se para trás e sentiu-se envolvida, acolhida, protegida. Ele a puxou suavemente, olhando no fundo daqueles olhos que o conquistaram naquela noite de ventania e ameaça de tempestade, quando se conheceram melhor naquele bar. Ali estava aquele brilho que o conquistou, fez suas mãos suarem e disparar seu coração. Ele subiu sua mão pelo seu braço, com a leveza da última gota de orvalho que escorre por uma folha após a chuva. Alcançou seus cabelos macios e seus dedos entrelaçaram àqueles fios perfumados, afagando seu pescoço, arrancando-lhe um suspiro e fazendo-a cerrar aqueles olhos que o puxavam para suas profundezas e o envolviam por completo. Enquanto seu braço lhe envolvia pela cintura e a puxava para si, sua boca perfeita que a conquistara, buscava seus lábios, mordiscava seu lábio inferior e a beijava com toda aquela sede de amor. Ele mordiscava sua orelha, seu pescoço, seu queixo e aquela curva do pescoço que se estende para o ombro também não foi esquecida. Sua mão acolhia seu rosto em concha, enquanto seus beijos se intensificavam e a outra mão lhe percorria as costas nuas sentindo no tato sua pele arrepiar-se enquanto ela ofegava. Ele a tomou pela mão e guiou-a no caminho de volta até a cabana à beira da praia onde se hospedaram. Antes de descer para a praia ele havia feito uma lista e organizado uma surpresa para sua "flor do campo", que era como ele a chamava. A mesa na varanda, sob aquele tapete de estrelas estava organizada com um ramalhete de flores vermelhas, velas coloridas e aromáticas, sua bebida preferida, seu prato preferido e tudo o mais que ela gostava. Ela não conseguia esconder a surpresa em seus brilhantes olhos. Foram se aprontar para o jantar e retornaram em seguida, ela deslumbrante em um vestido longo com um decote em "V", um generoso decote às costas, salto alto (ela sabia o quanto ele adorava vê-la usando salto alto), sua pele perfumada que excitava seu olfato, seus cabelos soltos derramando suavidade sobre seus ombros nus. Ela sorriu, desviando o olhar para a mesa, ele dirigiu-se até ela, beijou sua mão, puxou a cadeira para que se sentasse, foi até o CD player e colocou "Moonlight Sonata - Beethoven" ( http://www.youtube.com/watch?v=v2jir8opKlc ), voltou e sentou-se diante daquela que fazia seu chão desaparecer e seu coração palpitar querendo escapar pela boca. Ele encheu as taças, brindaram, ele fitou seus olhos, e uma vez mais, em silêncio, ela ouviu nitidamente o que aquela música significava sob aquela noite em que as velas douravam seu semblante e nem um sussurro era necessário para dizer Eu te amo!.

Lelo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é bem-vinda. Todos os comentários serão moderados.